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Guarda Compartilhada para os Homens de Neandertal?

A aprovação da guarda compartilhada é fruto de um movimento legítimo de pais que desejam ficar mais tempo com seus filhos pequenos, mas sempre esbarraram nas dificuldades da guarda designada para a figura materna. Não tenho a menor dúvida de que os filhos pequenos precisam muito mais das mães, embora isso não signifique que os pais não saibam cuidar de seus filhos. Conheço dois ou três casais em que os pais são maravilhosos e as mães completamente descompensadas. O contrário também acontece, e penso que embora a questão de gênero seja importante, não podemos menosprezar outras características dos indivíduos, como caráter, disponibilidade, responsabilidade, etc. A produção independente levantou uma falsa premissa de que os pais são figuras dispensáveis, mas já percebemos que a figura masculina é importante, sim. Pode ser o avô, o padrasto, o tio, não importa, ela é importante na construção da psique do indivíduo. Lendo o jornal hoje, fiquei estarrecida com o posicionamento da maioria dos pais diante da nova lei. O jornal "O Globo" criou um espaço para os pais tirarem suas dúvidas sobre as mudanças possíveis com a nova lei. Tive o trabalho de contar: das vinte e duas questões postadas para a advogada Tânia Pereira, dezenove resumiam-se a seguinte pergunta: posso diminuir ou não pagar a pensão? Ou seja, os homens de Neandertal, que ainda não chegaram sequer ao Paleolítico Superior, querem apenas saber se poderão se livrar do pagamento da pensão ao solicitar a guarda compartilhada. A pobre da advogada repete como um mantra, que o objetivo da lei é possibilitar aos pais conviverem mais com os filhos, blá,blá, wiskas sachê, mas os brutos não querem nem saber. O foco é na grana, como se sustentassem as ex-mulheres e não os próprios filhos. Só espero que os juízes tratem os espertinhos como eles merecem.

2 bom ouvinte:

Anônimo disse...

Essa mudança vem trazer uma nova responsabilidade ao casal separado. O compromisso de educarem juntos a crianças, de vê-la crescer, de realmente participar. Fiquei feliz ao ler num outro blog que existe um procedimento que auxilia bebês prematuras chamado mamãe canguru e que já implantaram também o papai canguru. É uma pena que a mentalidade das pessoas às vezes não acompanhem os avanços legislativos. Lastimável.

Anônimo disse...

Pois é, a idéia e dar um pouco mais de civilidade nas separações. Eu mesma já quebrei paus homéricos com meu ex-marido por causa das meninas. Mas nunca passou pela minha cabeça restringir ou regular o acesso dele às filhas. E olha que eu pensei em arrancar as unhas dele com alicate! De qualquer forma, se os homens pensam que vão se dar bem com essa atitude, estão enganados...

Beijocas

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