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Os Limites do Real

Ufa, depois de semanas de muito trabalho, pouco dinheiro e chiliques de chefes e subalternos, consigo voltar aqui. Mesmo não registrando minha surpresa, indignação e perplexidade diante dos fatos registrados nos jornais, acompanhei de perto as notícias. O único problema em acompanhar a quantidade de informações que rola na Internet hoje em dia, é entrar em desespero/depressão e querer descer no próximo ponto do movimento orbital do planeta Terra. Eu trabalho com inclusão digital, escrevo sobre os excluídos das novas tecnologias de informação e comunicação, mas tem horas que dá uma vontade enorme de ser um completo analfabeto digital, alguém sem o menor sentido de compartilhamento de informações. O que me leva ao desalento é não ter mais certeza do que é real e relevante e o que não passa de pura abobrinhagem. Tentando juntar os neurônios com o mínimo de razoabilidade, classifiquei as notícias a partir dos princípios da taxonomia de Bloom:



1. Ridiculus Esperadus: a separação hilária de Marcelo Vagabundo Silva e Suzana Sem-Noção Vieira


2. Antipaticus Agressivus: a separação violenta de Luana Piovani e Dado Senta-a-Mão.


3. Esperansosis Vulgaris: o convite de Obama para Hillary Clinton assumir uma pasta em seu governo (não sei porque razão os assessores não gostaram...).


4. Tragedis Molhadus: chuva no Sul do país, lembra muito 1985...

5. Cassadus Cassius Governare: o governador cassado e a indicação de uma quadrilha para substituí-lo.


5.Invejosus Sorbones: o ex-presidente Efeagá afirmando que Lula é isso ou aquilo. Vai acabar no museu do inconsciente se não liberar esta perseguição insana.

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Por que eu Votaria em Obama

As pessoas pensam que quando votamos em alguém é porque concordamos com a figura em todos os aspectos, quase como uma relação de fanatismo ou de pragmatismo absoluto. A realidade é bem diferente, podemos fazer escolhas que envolvem princípios éticos, históricos, pessoais, não significando apoio incondicional ao fulano ou beltrano. Eu votaria em Obama pelo que ele representa historicamente e socialmente e não é preciso fazer reflexões complexas para perceber as diferenças entre os dois candidatos. Não é só nas propostas políticas que os partidos democrata e republicano são diferentes. Segundo a jornalista Paula Menna Barreto, o comitê central do senador republicano John McCain, por exemplo, fica em um prédio elegante. O comitê do democrata Barack Obama fica numa casinha simples no centro de Phoenix, Arizona, numa parte considerada pobre da cidade. Entrando no comitê republicano você percebe que as pessoas também são diferentes das que freqüentam o escritório central democrata. No primeiro, praticamente 100% são brancos, no segundo, tem gente de todo tipo. As diferenças são gritantes. Do lado de fora do comitê do Obama tem gente sentada no meio fio, na calçada e até na grama. No comitê do McCain, a organização é impecável. Em tempo de crise e recessão, o partido republicano fez uma compra milionária nas lojas Sacks e Neiman Marcus, a fim de repaginar a provinciana Sarah Palin. Numa atitude de muito mal gosto para o momento econômico, os republicanos gastaram US$ 125 mil (cerca de R$ 269 mil) com roupas e acessórios para a candidata à vice-presidência e toda a sua família, inclusive o bebê. Não sei o que me surpreende mais, o valor gasto com as roupas ou a constatação de que não adiantou muita coisa...

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