Pé de Pato, Mangalô, Três Vezes!

Já foi comprovado cientificamente (se não foi, deveria ter sido), o poder das energias negativas emanadas por seres inferiores, normalmente provocadas por inveja, despeito, rejeição e outros trezentos e cinquenta mil sentimentos negativos. Mês passado o vidro do parabrisa do meu carro trincou, provavelmente por uma pedrinha voadora (na forma balística de um míssil) das estradas eternamente em obras por onde eu costumo passar. Acionado o seguro, trocou-se o parabrisa. Para completar, paguei o maior mico porque saí com o carro da loja e só percebi que estava sem o espelho retrovisor central, dois quarteirões depois. Voltei com as bochechas pegando fogo, imaginado que os mecânicos deviam estar pensando que mulher só usa o espelho para passar batom (ai, que ó-de-o).Semana passada foi a alavanca da marcha que simplesmente se desintegrou na minha mão. Fui obrigada a dirigir a viagem toda com o troço quebrado.Sim, meu carro é relativamente velho, mas eu nunca vi uma coisa como essa, a borracha simplesmente esfacelou completamente! Vou providenciar folhas de arruda para o carrinho, porque banho de sal grosso está fora de questão! Pelo menos por enquanto...

O Tempo e o Vento

Uma das boas surpresas deste ano foi um dos meus melhores amigos do tempo da faculdade ter me encontrado na web e retomado o contato comigo. Continuamos com o mesmo humor afiado, o que é interessante porque não perdemos o feeling e a caduquice por enquanto não parece influenciar em nossas piadas. Pois é, conversa vai, conversa vem, perguntei por um amigo em comum, um ex-ficante bonitão com o qual acabei tendo um fim de namorico meio estranho. Eu já tinha encontrado com esta figura na rua, por acaso. Estava ele, a mulher e o filhinho. Lembro que na época estranhei a esposa porque ele era metido a galã e ficava com todas as mulheres bonitonas do pedaço. A mulher era comum,mais velha do que ele e meio feiosa. Pensei que era apenas um ciuminho básico de ex, e de qualquer forma a vida me ensinou que as questões estéticas pouco tem a ver com o amor. Ao perguntar sobre nosso amigo em comum, leio a seguinte resposta: -"Ela não é muito velha não, é só gordona, deve pesar uns 130 quilos! Ele largou tudo para cuidar da farmácia que ela tem em Araruama". Peralá, mas a criatura mudou de curso porque achava que nossa licenciatura básica não tinha futuro e ele queria dominar o mundo (foi estudar administração e economia ao mesmo tempo!). Quer dizer que este gênio que nos menosprezava foi morar em Araruama para vender pomadas para hemorróidas e vitamina C no negócio da mulher que pesa 130 quilos???!!!??? Ou este mundo está louco ou definitivamente as pessoas não são o que parecem mesmo!

O Êxodo e os Amigos

Minhas amizades, apesar de não serem impressionantes quanto ao número, são de excelente qualidade. Não apenas pelo tempo de duração, mas também pelo nível de solidariedade e comprometimento. Nos últimos anos, pelas mais diferentes razões, nos dispersamos neste mundão de meu Deus. Começou com o Arthur que se casou e foi morar em Portugal, mandando às favas o trabalho, a família, os gatos, etc. Depois foi a Sylvana que foi estudar nos Estaites, depois foi trabalhar na Espanha e agora mora em Petrópolis. Nikki voltou para a Inglaterra quando ninguém esperava que ela fizesse uma coisa como essa (foram apenas 26 anos no Brasil!). E por fim, eu que mudei de mala e cuia para uma praia paradisíaca no Nordeste. É quase um êxodo, só falta Moisés! Apesar da uorlde uaide uebi, ainda assim, faz falta as conversas de fim de tarde, os beijinhos, as reuniões para jantar e jogar conversa fora. Mantemos o contato, mas perdemos o convívio e isso ainda faz diferença nas relações humanas. Fazer o que, ainda nos resta trocar fotos nos fotologs da vida...Espero que depois de quarenta anos no deserto ainda exista uma possibilidade (mesmo que remota) de nos reencontrarmos.

El Rey e Chaves

Não que eu dê a mínima importância para o Rei da Espanha ou para o presidente da Venezuela. Se Chaves é ruim, problema do povo que o elegeu, eles que resolvam sua própria lambança. Agora até o nosso probo Congresso Nacional quer opinar sobre a presidência dos outros (era só o que faltava!). Chaves é um mala sem alça, besuntado de óleo de peroba, isso é um fato universalmente conhecido. Mas é fato também que ninguém tem o direito de mandar outra pessoa calar a boca, salvo o convívio de muitos durmos na mesma cama, o que não parece ser o caso em questão. Quando li a mensagem não dei muita importância mas ao ler a chamada de uma reportagem tudo fez sentido. O conflito entre os dois foi um embate entre o colonizador e o colonizado. Vejam só o resuminho que nos arrasta para dois segundos de reflexão:

A carapuça do rei

É certo que Chávez não falou no momento e lugar adequado, tendo sido pouco diplomático. Entretanto, qual é a legitimidade do El-rey mandar um chefe de Estado mestiço e atual, calar a boca? Passado e presente se encontraram, juntando a comédia à tragédia de sempre.

Luís Carlos Lopes

Victoria Nem Tão Secret Assim...

A midiática grife de lingerie Victoria's Secret fez a sua megaprodução anual com um superdesfile televisionado ao vivo. Não sei não, estou longe de ser uma especialista, mas parece uma coisa meio desfile de Miss estilizado (A Heide estava até com uma coroa de Miss na cabeça). Aqueles cantores venerando as magrelas na passarela. Aliás, porque esse frisson todo com um desfile de lingerie? Os modelitos nem são essa maionese toda, fica óbvio que para galmourizar as calcinhas e sutiãs rola muita produção(asas, plumas,jóias etc.).Eles deviam rever o nome porque de secret não tem mais nada depois daquele festival de bundas e peitos na passarela.Tem coisas clichês demais como roupinha de papai noel,mulheres embrulhadas para presente,oncinhas (igualzinho ao baile das panteras do Ricardo Amaral nos anos 80)... Para finalizar, um espetáculo marcado pelo show das Spices Girls dispensa comentários...

Tão Longe... Tão Perto!

Esta semana recebi um e-mail de um amigo da faculdade que não ouvia falar fazia anos. Ele conseguiu me encontrar na net (santa uorld uaide uebi) e escreveu um e-mail lindinho que quase me fez chorar. Fomos inseparáveis na UFF até que ele largou o curso para fazer uma prova para o exército. Foi mais inteligente que todos nós, garantiu a grana certa e fez uma carreira estável. Hoje enviei um e-mail para um professor amigo pedindo um favor e ele me respondeu imediatamente apesar de não nos falarmos há um tempão.Fiquei pensando porque não cultivamos nossas amizades como deveríamos, mal conseguimos manter contato com as pessoas que realmente valem a pena. Em compensação olhamos todos os dias para o pulha que trabalha ao nosso lado e com o qual não temos a menor intimidade ou desejo de conversar qualquer coisa além do "você tem um clip aí?". Vai entender a humanidade...

Bandidos Chiques

A prisão dos traficantes de classe média alta esta semana faz tremer de indignação o cidadão comum quando tem que ler coisas do tipo: "eles são bem educados, estudaram nas melhores escolas, apenas cometeram um erro"... O que mais me incomoda é esta perspectiva absurda de que "um dos nossos" caiu em desgraça. A classe média a-do-ra ouvir a opinião dos especialistas (advogados, psicólogos, terapeutas, e sei lá mais o quê) sobre os motivos que levam o jovem abastado a entrar para o crime. Ora essa, entra para o crime porque é do mal, temos gente boa e ruim em todos os segmentos sociais. Pensar que só pobre é criminoso equivale a acreditar que pessoas bonitas são necessariamente bacanas e generosas. Ou seja, nossa opinião sobre os outros é formada pela casca! Embora a mídia insista em querer que todos os mortais acreditem nisso, já está na hora das pessoas enxergarem com clareza que a ganância existe, principalmente, nas camadas abastadas. Taí a prova com o número de empresários, políticos, etc. envolvidos em falcatruas. Vai me convencer que um juiz foi corrompido porque não tinha o que comer em casa? Fala sério...

Os Bons Autores nos Jornais...

Todo mundo sabe que os jornais escrevem o que querem, não importa qual seja a notícia, sempre irão enfocar o fato de acordo com as diretrizes políticas, econômicas, partidárias,etc. Infelizmente não dá para viver sem ler os nossos tablóides, mas ultimamente tenho me divertido muito com os comentários dos leitores.Debochados, irônicos, bem mais informados do que alguns reporteres, vale a apena dar uma olhadinha nos comentários. Quando um leitor crítica o comentário do outro, a coisa começa a esquentar e fica bem interessante. Sem contar a quantidade de loucos que não falam coisa com coisa. Olha só estes exemplos:
Notícia: Após 3.500 anos a múmia do Faraó Menino é colocada em exposição.
Comentário1: Isso é para provar que Jesus existe e está na bíblia que isto aconteceria.Os ateus verão!
Comentário2:O que a Bíblia e Jesus Cristo tem a ver com Tutankamon??!!??
Comentário3: Parece mais o irmão da Hebe Camargo!!!

Ps: Sou só eu ou alguém mais está achando estranho cair três helicópteros e um avião em São Paulo em menos de três dias?

Work Sweet Work...

Com certeza não sou a única nem a última pessoa da face da terra que enfrenta problemas no trabalho. A natureza das aporrinhações podem ser inúmeras, chefes incompetentes, colegas traíras, salário baixo, etc. Não importa os motivos e justificativas o fato é que depois de muita reflexão e esforço de compreender este mundo mundano, conclui que valorizamos mais do que devemos o nosso ganha pão. Sim, porque a não ser que você trabalhe na Fiocruz buscando a cura do câncer ou uma vacina que livre a humanidade de todos os males, nenhum trabalho irá salvar o mundo. O ser humano normal, acorda e vai para o seu trampo apenas com o objetivo de pagar as contas no fim do mês. Se sobrar algum para um luxo já é motivo de festa. É claro que queremos ganhar mais para comprarmos todas as coisas que a mídia insiste em dizer que são essenciais para nossa vida (carrão, roupas de grife, sorriso mais branco). E aí começa nosso inferno, quando transformamos o nosso ganha pão na tal de carreira e teimamos em achar que isso é a coisa mais importante do mundo. Todo o resto é esquecido, família, namoro, filhos... Agora me diz, se queremos trabalhar para ter mais tempo livre no lazer, porque diabo nos enfurnamos nas jornadas malucas e assumimos cargos que não nos deixam tempo nem para ir ao cinema? Sim, porque estropiados de tanto esforço para manter a carreira, a competitividade e ser hands on, quem tem ânimo para qualquer outra coisa que não seja dormir no fim de semana? Definitivamente (e graças a minha chefe, uma sábia senhora), estou revendo minhas perspectivas e prioridades. Vou solicitar minha transferência para o setor do cafezinho porque tenho reparado que dona Socorro é a única pessoa que parece feliz na empresa...