Pages

0

2010: O ano em que faremos contato (espero!)

Obviamente o título do post se refere ao filme do Kubrick, baseado na obra de Artur Clark. Não sei se faremos contato com extraterrestres em 2010, mas seria muito bom conseguir fazer contato com outros seres humanos mesmo. Contato como sinônimo de diálogo, tolerância, paciência e respeito ao outro. Tenho sentido muita falta de contato pelo mundo afora, seja no mundo real ou no mundo virtual. As pessoas hoje estão muito preocupadas em ter razão, fazendo com que a realidade se transforme na sua própria verdade. A verdade é o que eu quero, não existem outros pontos de vista e possibilidades. Quando eu tinha sete anos de idade tive uma alucinação, vi um avião caindo no quintal da minha tia e quase surtei. Na época ninguém pensou em me levar ao médico, mas eu cresci com a certeza de que as coisas poderiam não ser como eu pensava. Assim, todas as vezes em que eu me vejo diante de um fato decisivo, eu pergunto aos amigos se a minha percepção é real. Parece uma bobagem, mas essa preocupação me tornou mais humilde e mais atenta ao olhar do outro (além do fato de eu morrer de medo de estar ficando maluca, é claro!). Hoje eu não uso mais a expressão "eu tenho certeza que" ou então "você fez isso comigo". Opto por usar "eu penso que" ou "você me faz sentir". Sem uma atitude determinista diante dos fatos, a minha vida ficou bem mais fácil. É por isso que espero que 2010 possa ser muito melhor para todos nós e que cada encontre o seu caminho, tornando a sua vida melhor e a dos outros também. E como comecei o texto falando de cinema, vou colocar aqui um vídeo que encontrei no blog Groselha News, com um texto maravilhoso repleto de esperança da Srta Bia. Feliz ano novo!


2

Blogueiros, a China é aqui?

Enquanto advogados decidem que um bom filão para ganhar dinheiro é perseguir blogueiros e suas opiniões na web, nos EUA é possível criar um paródia ridicularizando uma importante companhia aérea que não cuidou da bagagem de seu passageiro como deveria. Há alguns meses atrás fiquei muito aborrecida quando uma colega de trabalho, professora como eu, pediu que eu fizesse uma correção no meu blog sobre um evento que nós duas tínhamos participado. Parecia que meu blog era um site institucional ao qual ela estava fornecendo as informações para publicação. Tentei explicar o que era um blog, que eu tinha registrado uma opinião sobre o evento e não um informe etc e tal, mas é claro que a nossa relação acabou ficando estremecida. É interessante que já vi pessoas reclamando que quando são entrevistadas para os jornais, suas palavras são deturpadas ou cortadas e quase sempre o resultado final é bem diferente do que o entrevistado pretendia, mas apesar das reclamações, nunca vi alguém desistir de dar entrevistas por conta disso. As desculpas da imprensa oficial são variadas, falta de espaço, modificação na pauta, pressão dos editores ou patrocinadores, enfim, todo argumento é válido porque estamos falando de grandes grupos de comunicação. Não é possível ignorar a coincidência entre a repressão aos blogs e a campanha presidencial em curso, e se algo não for feito rapidamente, todos os blogueiros não poderão emitir uma só opinião, seja sobre o que for, política, comida, sexo, roupas, programas de televisão... Pelo visto, a China é aqui...


0

Serra e The Terminator


Quando Arnoldão foi candidato ao governo da Califórnia, os adversários usavam a expressão "The Terminator" para dizer que o eventual "Governator" republicano tinha tudo para acabar com a gestão pública do Estado. Obviamente não deu certo, Arnoldão se elegeu e recentemente trocou uma dúzia de palavras com o Serra (vulgo Zezinho ou Zé Alagão). O encontro constrangedor foi editado e transformado em uma piada nacional. Bem feito! Quem disse para o Serra que ele teria popularidade ao se encontrar com Arnaldão?

0

"Snark"- Porcos e Diamantes?

Uma baixaria sem tamanho na blogosfera me fez relacionar o título do livro com o "Snatch - Porcos e Diamantes". Para esclarecer quem não está sabendo do assunto, vou falar sobre o livro e poupar vocês do resto: "poucos livros causaram mais polêmica nos EUA nos últimos meses do que “Snark”, escrito pelo crítico de cinema da “New Yorker” David Denby. Ele defende a tese de que a linguagem virulenta, leviana e melíflua na grande mídia americana — um conceito que vai dos grandes prorgamas de rádio e TV a blogs como Gawker.com — está destruindo a capacidade de conversação dos americanos, interessados mais em esmagar reputações e posturas do que exatamente trocar ideias e vencer o debate ideológico. Mas o livro bate mesmo é na internet, para Denby o ambiente ideal para os adeptos do “snark”. Ele acusa blogueiros de praticar a leviandade verbal porque não possuem nem os recursos nem a disposição de apurar jornalisticamente os fatos. E acusa os jornalistas de fazerem o mesmo numa espécie de resposta aos blogs, perpetuando um discurso raivoso e vil". (Fonte Prosa Online). Foi exatamente isso que me chamou atenção na briga dos blogueiros, o discurso pesado e virulento de um deles, embora acuse o desafeto de ser "descontrolada, desequilibrada e instável", conseguiu alcançar a incrível marca de 27 ofensas em apenas um post. O pior mesmo é o teor dos comentários que reforçam e multiplicam a agressividade da autor, complementando com frases do tipo "ela precisa mesmo é de uma rola". Sim, porque as mulheres são sempre descontroladas, loucas, passionais, bem diferente de um homem, como o próprio autor afirma, um grosso assumido com muito orgulho. Em tempos politicamente corretos, um homem descontrolado também poderia precisar de uma rola, mas ninguém nunca diz isso. E os comentários de apoio não são só masculinos, várias mulheres dão apoio ao autor,admirando o teor ácido das palavras e o fato dele ser um "cara grosso, mas ético"(???).Não estou nem discutindo quem tem ou não razão, não é o mérito da discussão que me interessa, mas sim como os desdobramentos do debate são tratados. Você pode estar irritado com alguma coisa, mas é realmente necessário expressar a irritação com tanta agressividade? Como autores, podemos realmente controlar os efeitos de nossas palavras sobre os outros? Não acredito que o discurso raivoso e cruel seja eficiente na trasmissão da mensagem, seja ela qual for. Ele apenas incita a agressividade nos outros, formando uma onda de emoções pouco recomendáveis. E para que? Para provar que eu tenho razão em alguma coisa, mesmo que já tenha perdido na forma do argumento? Acredito que o Denby tenha trazido uma discussão importante que precisa ser encarada na blogosfera. Em tempos de defesa dos blogueiros perseguidos pelas corporações e políticos, precisamos também avaliar os nossos limites e os efeitos das palavras colocadas na rede. Estamos falando de porcos e diamantes e diante da disputa, vocês decidem quem é quem.

0

Porque julgamos os outros

Ontem eu precisei prestar depoimento no tribunal e saí de lá com a certeza que jamais poderia ter feito um curso de direito. Passei a vida toda artomentada porque fiz vestibular para dois cursos diferentes e desisti de me matricular no curso de Direito. Aos 40 anos, descobri que não poderia ter sido uma boa advogada porque detesto julgar os outros. Não me entendam mal, eu também já acreditei que poderia julgar as pessoas, mas com o passar do tempo, o certo e o errado tornaram-se elementos confusos quando preciso avaliar a conduta dos outros. Eu não posso mais afirmar com certeza o que faria se estivesse nesta ou naquela situação. Ninguém sabe, só quando é em nossa pele é que sabemos como agir. Quando eu li o blog do Fabio Hernandez com uma postagem interessante sobre a inglesa doutora que trabalhou como prostituta para pagar os seus estudos, não pude deixar de pensar no juízo nosso de cada dia. Para quem não sabe, a inglesa Brooke Magnanti trabalhou como prostituta enquanto cursava o seu doutorado e escrevia um blog contando as suas aventuras secretas. Magnanti, de 34 anos, disse ao jornal britânico "The Sunday Times" que escrevia o diário em um blog na internet, sob o pseudônimo "Belle de Jour" (A bela da tarde), para arrecadar dinheiro e financiar seu doutorado. Era um blog que surpreendia por ser muito bem escrito e ela resolveu revelar a sua identidade porque um ex-namorado ameaçava divulgar a história. Ela se antecipou e escreveu dois livros e a sua história vai virar uma série de TV. A estrevistadora de um programa popular fez perguntas a Brooke do tipo "você se arrepende, por que fez isso", etc e tal e ela respondeu com a tranquilidade dos que estão em paz com as suas escolhas. Nós também condenamos e absolvemos os nossos colegas, vizinhos e parentes como se os outros também não nos julgassem. Sempre pensamos que teremos todas as respostas em todas as situações, mas a vida sempre nos pega peças. E aí, é bom estar preparado para encarar os olhares de reprovação dos vizinhos...

0

As aparências sempre enganam

Já faz um tempinho que eu queria escrever sobre a foto que compara as roupas e o "estilo" de Suri Cruise (filha do Tom Cruise e da Katie Holmes) e Shiloh Pitt (filha de Brad Pitt e Angelina Jolie). O tom da manchete da revista me deixou chocada porque se trata de uma questão machista disfarçada de um olhar fashion. Com a história de aluna que foi humilhada por causa da saia curta, o assunto voltou a martelar na minha cabeça. Vamos por partes: porque a Suri é considerada a queridinha da moda e faz a festa dos fotógrafos? Porque escolhe as próprias roupas, como afirmou a mãe? Rá, eu tenho uma filha de quatro anos que também escolhe as roupas, mas o resultado é beeeem diferente. O pais estão querendo nos convencer de que a menina tem um dom de escolher marcas famosas e combinações fashionistas? Ninguém fica chocado quando vê uma menina de três anos usando saltos altos? Agora, o outro lado da moeda: porque as roupas despojadas de Shiloh causam tanto desgosto nos jornalistas? Porque até onde eu entendo, ela é uma criança, e crianças sempre vão optar por roupas confortáveis ou roupas que lembram uma fantasia de qualquer coisa. O pior é a insinuação de que uma é doce, frágil e meiga e a outra masculinizada e desleixada. Qual é a semelhança com a aluna agredida na Universidade? Bom, o recado está claro, vista-se do jeito que as pessoas esperam, sair do padrão é correr riscos. A moça errou ao usar o vestido curto? Sem dúvida, mas não por ter atraído a violência, mas sim por ter subestimado a cretinice dos seus colegas. Ela estava jogando com as cartas que nos orientam diariamente, seja através da reportagem enaltecendo a Suri Cruise ou na revista Nova com os seus decotes de arrasar ou cabelão para seduzir. Talvez ela não tenha compreendido o que o sistema insiste em nos dizer, mas vamos reconhecer que é tudo muito confuso. A velha história da dama na sala e puta na cama é de enojar, mas nada parece ter mudado desde então. Quando eu estava na Universidade (pública, diga-se de passagem) eu usava camisetas sem sutiã. A comissão de frente avantajada sempre chamava a atenção, até que um dia um professor renomado, doutor, apalpou os meus peitos no corredor! Sem cerimônia, sem clima, sem qualquer preâmbulo sexual. Obviamente que eu fiquei chocada com o gesto, mas mais chocada ainda eu fiquei quando contei para os colegas mais próximos. Uma delas disse que a culpa era minha por andar sem sutiã mostrando os peitos por aí. Reparem só, foi uma mulher que fez o comentário, e não os homens. E quer saber? Eu vesti a carapuça e nunca mais usei este tipo de roupa naquele espaço. Isso aconteceu há mais de vinte e cinco anos, e eu queria acreditar que a sociedade mudou para melhor.Afinal, temos a lei Maria da Penha e o debate sobre as questões de gênero vem progredindo bastante. Infelizmente, ao ler manchetes como essa e assistir ao vídeo da aluna sendo agredida, começo a pensar que estou muito enganada...

0

Ser uma boa mãe...

Ao anunciar a possível gravidez de uma modelo/atriz/whatever,sempre tenho visto o complemento "ela será uma ótima mãe", citando fontes que não querem se identificar (aliás, porque alguém não se identificaria ao fazer um comentário desses?). Fico pensando o que define uma boa mãe, ou se é possível afirmar que alguém será uma mãe maravilhosa de antemão. Sim, porque muitos fatores influenciam no processo de construção de uma mãe. Mãe não vem pronta, não tem prova, muito menos exame de qualificação. Conheço pessoas que viviam dizendo que queriam a maternidade como o objetivo mais importante de suas vidas, e quando isso de fato ocorreu, o resultado foi um desastre. Foi mais ou menos isso que a primeira temporada de Desperate Housewives mostrou com o desespero de Linette em cuidar dos seus filhos. A maternidade pode não ser encarada por todo mundo da mesma forma. Eu me lembro de ter lido a revista Pais e Filhos quando estava grávida, e todas as reportagens falavam sobre a maternidade como um processo mágico e idílico. A realidade foi um golpe, não porque eu não a desejasse, mas porque eu percebi que não estava preparada. Diante de uma dor insuportável da cirurgia, seios rachados, e um bebezinho que era tão frágil que parecia parar de respirar em alguns momentos, o cenário era de confusão e desespero. Obviamente, depois de algumas semanas tudo foi se ajustando, eu mesma criei os atalhos necessários e deixei de lado os conselhos bem intencionados (mas pouco prático dos familiares). Encontrei o meu lugar no novo contexto da minha realidade e superei as dificuldades iniciais. Não sei se posso dizer que sou uma mãe maravilhosa, mas sei que me esforço bastante. Uma coisa eu tenho certeza: a não ser que se use processos pouco ortodoxos (como adivinhação, cartas, leitura das mãos etc), não é possível prever a qualidade da maternidade de ninguém. Nem mesmo das privilegiadas celebridades...

0

Imprensa nossa de cada dia, nos dai hoje...

O momento da notícia já passou, mas eu não podia deixar de registrar aqui o excelente post do Groselha News sobre a olhada dos presidentes para a brasileira Mayara. É uma reflexão contundente, não apenas sobre o papel da mulher e o óbvio comportamento machista em relação ao fato, mas também sobre o completo descaso com o papel social que ela estava desempenhando no evento. Essa diferenciação é muito importante porque os aspectos machistas já nos cansam o ouvido e a mente faz tempo... Quer coisa mais previsível do que um comportamento machista? Mulher minha isso ou aquilo, você olhou para fulano, sozinha não, a loira fez assim e assado, e por aí vai... Cada vez que achamos graça em uma piada preconceituosa (mesmo quando poderíamos ser o sujeito da piada) reforçamos ainda mais os estereótipos. Semestre passado fiz uma disciplina chamada Análise do Discurso, para alunos de mestrado e doutorado, onde presumidamente, as pessoas deveriam ser mais esclarecidas. Eu participava bastante das aulas, e um belo dia, uma das alunas fez um comentário sobre as piadas de loira burra. Não entendi muito bem o objetivo, mas para minha surpresa, ela me olhou e pediu desculpas pela piada. Sabe aquele pedido de desculpas com um sorriso malicioso? Não tive dúvidas, disse que não me sentia nem um pouco incomodada, afinal, meu cabelo era loiro com luzes, mas na sala existiam mulheres muito mais loiras que eu que poderiam se sentir ofendidas. Perguntei: Ou você está se referindo exclusivamente à mim porque acha que sou a única inteligente na sala? Constrangimento total, risadinhas nervosas e a professora entrou em cena para contornar a situação. A experiência me mostrou que o preconceito está em todos os níveis, sem exceção.O fato é que mais grave que o desrespeito à figura feminina, as notícias na imprensa revelam uma tentativa de desqualificar o evento, a participação de Mayara que defendia uma causa social e o papel de todos os participantes. Para a imprensa, os presidentes eram tarados, a Mayara um objeto e o evento uma piada. E ainda tem mais, o pesidente Lula recebeu um importante prêmio (Prêmio pela Paz Felix Houphouët-Boigny) por suas ações em busca da paz, do diálogo, da democracia, da justiça social e da igualdade de direitos, assim como sua valiosa contribuição para a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos das minorias. Dizem que vários ganhadores do Nobel da Paz receberam esse prêmio primeiro, uma espécie de prévia do resultado. O fato sequer teve repercussão na mídia, que privilegia sempre o que há de pior. Em compensação, foi só o presidente fazer o comentário infeliz que os políticos de oposição eram pizzaiolos para a imprensa cair de pau e até a associação dos donos de pizzaria exigir retratação. É f... Com ph!

0

A quem possa interessar...

Segundo a coluna Retratos da Vida do Jornal Extra, a assessoria de comunicação de Max e Francine divulgou uma nota comunicando o fim do relacionamento. "Venho por meio desta, a pedido de Max Porto, informar que seu namoro com Francine Piaia teve fim nesta segunda-feira, dia 13 de julho de 2009. O casal, que tentava se reconciliar de um desentendimento ocorrido durante o evento Festival de Inverno de Brasília, optou por um rompimento amigável. Max explica que os motivos para o término foram os mesmos que causavam as brigas do casal, desde a casa do 'Big Brother Brasil 9', e ainda ressalta que até o último minuto houve muito respeito de ambas as partes". Puxa, faltou informar a hora exata em que aconteceu esse crucial evento para a humanidade... Aproveito para informar, a quem possa interessar, que o relacionamento desta blogueira anda morno, devagar quase parando, com desejos reprimidos de partir a cara do outro. Apesar dos gritos, batidas de porta e xingamento mútuos, posso dizer que sempre houve muito respeito mútuo e nenhum dos dois falou ainda em separação. Ninguém me perguntou, mas já que o casal acha normal comunicar as suas intimidades, tenho certeza que o fim do relacionamento foi ocasionado pelo vestidinho cor-de-rosa hiper/mega/super cafona que a moça usava...

0

Moda Horrorosa?

Quando foi lançado o filme da série Sex and The City eu não entendi muito o frisson por causa do figurino, parecia que as roupas eram mais importantes do que a própria história. É uma manobra antiga, contar um drama feminino no qual a roupa e os acessórios são mais importantes do que os fatos. Vários autores da lista dos mais vendidos escrevem romances açucarados usando o mesmo artifício. Eu já caí na mesma armadilha, anos atrás fui escalada para uma palestra importante na Gerdau, na qual o próprio dono ia estar presente. Fui direto do trabalho para o evento, arrasada por não ter caprichado no visual. Quando eu contei para a minha mãe, aos prantos, que não pude me preparar para o evento, ela disse preocupada: - Nossa, se você soubesse antes poderia ter lido alguma coisa e escrito um texto melhor. Parei de chorar e disse irritada: - Que texto o que! Eu queria era ter feito uma escova e colocado meu vestido cinza, aí sim, eu ia abafar... Logo, meus leitores favoritos, eu também tenho o meu lado fútil, mas confesso que nunca achei que a obsessão da Carrie por sapatos e roupas fosse legal. Eu assisti um daqueles programas do Actor's Studio com ela, e as perguntas da platéia de alunos eram todas sobre a boa forma, a elegância, os modelos etc. Eu já assisti vários outros episódios e as perguntas dos alunos costumam ser sobre a técnica de interpretação, personagem favorito etc. Hoje saiu no jornal que a Carolina Herrera disse que a moda de Sex and The City é horrorosa! Eu fiquei tão aliviada, porque eu achava que não estava entendo mais nada de moda quando vi esse chapéu horroroso que a Sarah Jessica Parker usou na divulgação do filme sem medo de ser feliz...

0

Minha casa tem história

Eu sempre gostei de decoração, é quase como um passatempo. Na minha casa tenho vários móveis desenhados por mim e executados por um marceneiro barateiro. Durante um tempo eu comprava revistas de decoração para ver as tendência de cores, idéias de marcenaria etc. Eu sempre detestei o exagero na arrumação dos ambientes com suas colchas milimetricamente esticadas e estantes que pareciam não pertencer à um habitante do planeta Terra. Eu me lembro de uma edição na qual um casal com filhos comprou um novo apartamento, fez uma reforma total e a arquiteta se gabava de que eles não levaram absolutamente nada da outra casa, mudaram apenas com as malas e as escovas de dentes! Como assim? Será que uma família com filhos não tem nada para levar com valor sentimental? Um quadro, um móvel, uma colcha, sei lá! Eu faria o inverso, mesmo se me tornasse milionária da noite para o dia levaria inúmeros objetos que me são caros apenas pelas lembranças. Assim, fiquei surpresa com a chamada da próxima edição da Casa e Jardim que afirma: "tendência transformadora recai sobre a decoração. Sem pudores, desafia o impecável e propõe um jeito simples de enxergar o belo. As trincas, as ferrugens e os carcomidos contam histórias de família e momentos de felicidade". Puxa vida, eles finalmente descobriram que as casas são habitadas por pessoas! Pessoas possuem histórias de vida que são construídas e representadas no seu cotidiano, na disposição dos móveis, nas cores das cortinas, no sofá gasto e manchado... O que era feio tornou-se um marco de uma vida muito bem vivida e sai de cena o impecável para entrar a experiência, como algo positivo nos seres humanos, menos robóticos e mais reais. Afinal, atire a primeira pedra quem nunca teve um armário bagunçado ou preguiça de arrumar o quarto...

2

Um olhar tosco sobre a maternidade

Eu li as postagens que reverberaram a entrevista polêmica da Maria Mariana na rede, mas confesso que não dei muito cartaz. Era tudo tão no sense que fiquei com preguiça de entrar no debate. Assim, fiquei surpresa ao receber hoje de manhã várias mensagens de uma lista sobre Educação e Tecnologia que eu assino, com postagens apoiando as sandices da Maria Mariana. Alou, qual a parte que não deu para entender? Uma lista de professores que tratam de inclusão tecnológica com vários participantes achando o máximo a idéia do retorno da Amélia. Se ainda fosse do Jedi, eu ainda me conformaria, mas de volta ao lar? Fiquei tão puta da vida que despejei um pouco do que eu pensava com educação e finesse. Pérolas do tipo: a ausência da mãe faz com que as crianças se tornem marginais, drogados com dificuldade de aprendizagem, a mulher tem vocação natural para cuidar dos filhos, a mulher trabalha para ajudar o marido, entre outras coisas, fizeram meu domingo ficar cinza. Enviei o link da Srta Bia e das outras autoras de peso para ver se o povo acorda. Eu, hein! A única coisa boa foi que encontrei um monte de blogs bacanas que já estão devidamente linkados aí ao lado. Reproduzo a seguir uma das minhas respostas:


Já vou logo jogando pedra mesmo :-) Eu li o post da Cris ontem e fiquei pensando nas generalizações sobre a maternidade e o papel de mãe. Parece que a diversidade não existe, que a categoria mulher é universal, com os mesmos princípios, e isso não é verdade. Conheço mães que nunca trabalharam fora, não tem carreira e vivem um casamento infernal por "causa dos filhos". Os filhos desta estrutura familiar não são mais equilibrados ou "educados" do que os outros. Porque não é possível pensar no pai como essa pessoa que pode cuidar e educar as crianças? Se é possível um acordo entre as partes, porque caberia somente à mãe renunciar aos seus projetos em benefício dos filhos? Da mesma forma que existem mulheres que são excelentes profissionais porque gostam do que fazem, existem homens que ficam à vontade para cuidar da casa e dos filhos, sem estresse. Por isso que eu não concordo com o que vem sendo dito por aí, parece que definimos os papéis pela questão de gênero. Penso que tudo é uma questão de opção, de temperamento e da conjuntura. Eu enlouqueceria se tivesse que ficar em casa, mas tenho uma grande amiga que adora fazer bolos e biscoitos e cuidar dos filhos full time. Temos que respeitar as decisões de cada um, sem fazer juízo de valor e afirmar que a criança x é desajustada porque a mãe trabalha ou porque é "filha de pais separados" (lembra disso?). Eu trabalho distante da cidade onde moro, faço doutorado e consegui amamentar a minha filha por muito tempo. Mas essa é a minha realidade, meus propósitos e minha filosofia de vida. Em tempos de crise e desemprego pensar que as pessoas podem escolher se querem ou não trabalhar ou ter figura do "homem provedor" por perto, parece uma fantasia. Não existe certo nem errado, nem o que é melhor ou pior para os filhos. A única coisa necessária é manter a coerência com as nossas próprias escolhas e responder por elas. Para quem quiser dar uma olhada na opinião das mulheres que cresceram com a Maria Mariana como ícone (e estão de queixo caído com as afirmações do tempo da vovó): http://srtabia.com/2009/05/ainda-sobre-maes-e-a-liberdade-feminina/

0

A cabala da inveja ou acorda Alice!

Acabo de ler a seguinte notícia no jornal O Globo: A noite de festa pela vitória do Flamengo, ontem (dia 3 de maio), terminou em baixo astral para Bruno Gagliasso, a namorada dele, Heleninha Bordon, Fernanda Paes Leme, Thiago Martins e dois casais de paulistas amigos do grupo. Eles estavam no Bar 021, na Barra, já tinham fechado a conta, quando Bruno foi alvo dos ciúmes de outros frequentadores, que começaram a xinga-lo e a fazer provocações. O ator não saiu machucado, mas ficou chateado:- Foi uma confusão, não sei como começou, nem como terminou. Saí correndo. Sou um cara da paz, fiquei triste. O clima do nosso grupo era de alegria, não contava que a noite fosse terminar daquela maneira. Não vou nem repetir o que já foi dito sobre a notícia nos comentários do próprio jornal, mal escrita, sem pé nem cabeça etc. Como alguém que é alvo de uma confusão afirma que não sabe como começou ou terminou? Não estava lá, é um autista, tem dupla personalidade, enfim, escolha a melhor opção, caro leitor. Mas o fim da picada é essa história de inveja, uma ilusão normalmente criada pelos medíocres para justificar qualquer crítica ao seu respeito. O vestido não caiu bem? Inveja! O seu desempenho na novela é sofrível? Eita, povo invejoso! E por aí vai... E o pior, na verdade o que está sendo considerado como inveja, caberia melhor como despeito. Esse tipo de estigma da inveja parte do princípio que todos querem a mesma coisa no mundo.. Como se o mundo não apresentasse outras opções além do Big Brother. Agora me explica, o bar inteiro era frequentado por invejosos em potencial que não seguraram a onda ao ver a felicidade e alegria do grupo da paz? Sei não...

0

Fazendo Sentido...

Eu sempre fui fã dos muppets, mas revendo os vídeos no YouTube descobri vários personagens que eu nem conhecia. Depois do "Manahmanah", me diverti muito com esse "Ode to Joy". Não sei não, mas o nonsense dos fantoches faz com que a insanidade do meu dia-a-dia seja a coisa mais normal do mundo...


0

Manipulators

Ontem eu vi um filme antigo, chamado Lado a Lado, com a Susan Sarandon, Julia Roberts e Ed Harris. A história que o filme pretende contar é a difícil relação entre a mãe de duas crianças e a nova namorada do ex-marido. O que me chamou a atenção foi que todos os atributos da mãe, pontualidade, organização, disciplina, cuidado com os filhos, em contraponto com a estabanada "stepmother", esconde uma personalidade manipuladora. Ela não gosta que os filhos fiquem com a madrasta, mas sempre está criando situações para que a outra seja obrigada a largar o trabalho para pegar os meninos na escola, ou passar o sábado com eles, enfim, cria situações para provar para o ex-marido e para os próprios filhos que a nova esposa seria uma péssima mãe. Até mesmo quando ela descobre que está com uma doença terminal, a relação com a outra não é de transformação ou de reflexão sobre os seus atos, é uma mudança provocada apenas pela questão utilitarista. O engraçado é que o filme tenta sempre colocar a ex na posição de vítima, mais velha, solitária, dona de casa, abandonada pelo marido... É quase como se os seus atributos como mãe atuassem como elementos compensatórios da juventude, carreira e "modernidade" da outra. Não sei porque razão, mas o filme me lembrou do desenrolar do BBB9. Não sei quanto a vocês, mas eu não acredito nem um pouco na diferença dos poucos por cento. Acredito que o moralismo cretino prevaleceu novamente, e não iam deixar uma mulher com tanta atitude abocanhar o milhão.Preferiam a ambiguidade do tal de Max, que entre não feder e nem cheirar, está mais dentro do esquema da Rede Globo. Até mesmo quando formou um casal com o Flávio!

0

O Mundo dos Outros

Ao navegar pelos principais jornais e sintetizar as falas de determinadas "personagens" do cotidiano, acabo com a impressão de que eu vivo em uma dimensão paralela, completamente distante dos donos do discurso. Vamos lá, o pessoal do Big Brother (que eu não assisto, mas acabo lendo as notícias) adoram usar expressões como amizade, meu melhor amigo, conto com você, confiança, etc e tal, como se o objetivo principal (ganhar um milhão de reais e se tornar famoso) fosse esquecido completamente depois de entrar na casa. Todos se tornam amigos de infância, namorados com juras de amor eterno e até mesmo filhos/mães dos colegas participantes. É mesmo muito estranho... Mas no quesito estranheza, ninguém supera a nossa querida rainha dos baixinhos! Orgamos múltiplos e dormir sem calcinha é pouco se comparado ao "ver duendes puxando as cobertas"... O problema não são os duendes, eu tenho um amigo muito sério que garante já ter vistos duendes. Na floresta, de madrugada e não embaixo da cama na mansão cor-de-rosa. Além do mais, eu duvido que ele afirmasse tal coisa em cadeia nacional... A viúva "tô ótima partindo para outra" Suzana Vieira mostra o seu novo namorado trocentos anos mais novo, como se nada tivesse acontecido ou aprendido. Deve pensar que nossos olhos e ouvidos são mesmo penico para aguentar mais uma xaropada. Para encerrar o festival de absurdos, as pessoas dizem que a prisão da dona da Daslu foi um exagero e uma crueldade. Exagero porque? Porque ela não poderia continuar sonegando impostos? Por que a tintura e a escova do cabelo seria comprometida? Por que ela tem pouco tempo de vida e não vai poder mais sonegar? É isso? Sim, porque todo mundo adora dar exemplos de funcionamento da sociedade do primeiro mundo, e ao que me consta, Martha Stewart foi presa nos EUA pelo mesmo motivo, e o Ronald Biggs não teve a cadeia aliviada na Inglaterra apesar da doença e da idade avançada. É muito estranho que nosso senso de justiça seja vinculado ao poder econômico e o poder social do réu. Uma pessoa que comete o crime sendo semi-analfabeta e miserável deveria ter muito mais complacência da justiça do que alguém com dinheiro e posição social. O pobre ignorante sempre pode justificar sua falta de caráter à dureza da vida, mas os políticos, empresários, juízes e socialites que cometem crimes, só tem uma desculpa: é mau-caráter mesmo!

Ratatouille

Uma reportagem da Folha de São Paulo intitulada "Restaurante aposta na lembrança emotiva para atrair clientes", afirma que mesmo com toda a sofisticação dos pratos oferecidos por diversos restaurantes de São Paulo, alguns deles passaram a movimentar a gastronomia apostando em receitas simples.Em entrevista à repórter Marina Fuentes, a chef do restaurante Anita, Fabiana Caffaro, fala também sobre a ideia de disponibilizar um menu caseiro aos clientes. "O conceito aqui é fazer a comida de família, que todos conhecem. Tudo o que sirvo é o que eu gosto de comer", afirma. Segundo a chef, um dos "sentimentos" que contribuiu para o sucesso do restaurante é a saudade. "Estimulamos a memória afetiva dos clientes. Todo mundo já comeu, por exemplo, um frango com creme de milho preparado pela mãe ou pela avó." Fabiana ainda diz que, antes, as pessoas precisavam recorrer aos botecos para encontrar comidas simples. Não sou chef, mas me parece que esta questão é meio paradoxal, porque se é comida caseira, como pode ser feita em restaurante? Quero dizer, essa história de tempero caseiro, comida igual a da vovó, me parece algo do tipo "aqui nós enganamos você imitando a comida caseira". É mais ou menos como dizer que comida congelada tem sabor de comida feita na hora, ou então que o miojo tem o sabor legítimo de uma macarronada... Todo mundo sabe que não é verdade. São coisas diferentes não dá para misturar as bolas. Será mesmo que as pessoas comem no pé sujo porque querem lembrar da comida da mamãe? Porque além do PF, o pé sujo também vende bolinhos gordurosos, sardinha frita, entre outras comidas que não fazem parte de nenhum menu familiar. Mas o que eu acho irritante mesmo, é a cara das figuras afirmando que o "conceito" do restaurante é de resgatar a memória afetiva das pessoas, como se fosse uma idéia original e inovadora. Quem assistiu o desenho Ratatouille sabe que este é o grande gancho do filme, já que é a estratégia usada pelo ratinho para dobrar um exigente crítico gastronômico. Daí o título do filme, uma piada com a palavra rato, que é o cozinheiro e um prato simples, chamado no filme de "comida de camponês", o tal do ratatouille, uma receita de legumes como abobrinha, berinjela e tomates ao forno. Só para completar, eu nunca comi frango com creme de milho, o que mostra que as memórias afetivas da comida feita pela mãe ou avó podem variar bastante...

O Psicopata Mora ao Lado

Medo... Nós sempre queremos acreditar que aquele colega de trabalho desleal, falso, incompetente, medíocre, entre outros adjetivos, é apenas uma pessoa que tem problemas de caráter e que só pensa em se dar bem na vida, passando por cima dos outros, certo? Mas... e se estas características envolverem algo mais sério? Como algum tipo de distúrbio psíquico? Bom, aí, além da raiva e da vontade de matar o sujeito, dá para sentir medo... Conversando com uma amiga sobre o comportamento desleal de uma colega de trabalho, percebemos que ela poderia se incluir na categoria de psicopata dissimulado. Analise as características e veja se o cretino do seu trabalho não é um louco disfarçado de yupiee arrogante ambicioso. No caso do meu trabalho, caiu como uma luva...


O Psicopata Dissimulado - seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de amizade e sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de confiabilidade e didaticamente poderíamos comparar o Psicopata Dissimulado como uma mistura bastante piorada dos transtornos Borderline e Histérico da Personalidade. Por essas características Millon já considerava o Psicopata Dissimulado como uma variante da Personalidade Histriônica, continuamente tentando satisfazer sua forte necessidade de atenção e aprovação. Essas características não estão presentes no Psicopata Carente de Princípios ou no Malévolo, os quais centram em sí mesmo sua preocupação e são indiferentes às atitudes e reações dos outros.Esse subtipo dissimulado costuma exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, comportamentos imaturos de contínua buscas de sensações. Seguindo as características básicas e comuns à todos os psicopatas, o dissimulado também tende a conspirar, mentir, a ter um enfoque astuto para com a vida social, a ser calculista, insincero e falso. Muito provavelmente ele não admite a existência de qualquer dificuldade pessoal ou familiar, e exibe um engenhoso sistema de negações. As dificuldades interpessoais são racionalizadas e a culpa é sempre projetada sobre terceiros.
A contundente falsidade é a característica principal deste subtipo. O Psicopata Dissimulado age com premeditação e falsidade em todas suas relações, fazendo tudo o que for necessário para obter exatamente o que querem dos outros. Mesmo aparentando intenções de proteger certas pessoas, o Psicopata Dissimulado é frio, calculista e falso, caracterizando mais ainda um estilo fortemente manipulador. Essa característica pode ser conseqüência da convicção íntima de que ninguém poderá amá-lo ou protegê-lo, a menos que consiga manipular a todos. Apesar de reconhecer que está manipulando seu entorno social, tenta convencer aos outros de que suas intenções são boas e que suas atitudes são, no mínimo, bem intencionadas. Quando as pessoas com esse tipo de psicopatia são pressionadas ou confrontadas, sentem-se muito encabulados e suas reações oscilam entre a explosão agressiva e vingança calculista. A característica afabilidade dos Psicopatas Dissimulados é superficial e extremamente precária, estando sempre predispostos a depreciarem imediatamente a qualquer um que represente alguma ameaça à sua hegemonia, chegando mesmo a perderem o controle e explodirem em cólera.



Link: http://www.amraluz.com/menu/JORNAL/PSICOPATA_DISSIMULADO.HTM
2

A Cabeça de Cada Um...

Uma grande amiga acabou de terminar o casamento por não aguentar mais o desequilíbrio do marido. Depois de uma temporada estudando no exterior, ele voltou decidido a comprar a casa herdada do pai, pagando ao irmão e a mãe, a parte de cada um. Segundo ele, esse seria o plano perfeito, já que o dinheiro guardado não seria suficiente para bancar o valor integral de uma casa. Eu digo seria, porque o irmão, a cunhada, os filhos e a mãe, vivem no objeto dos sonhos da criatura, sem condições de sair de lá no momento. Assim, o marido pagou pela casa, ficou sem dinheiro e queria que a minha amiga e os filhos vivessem no lar feliz. Fala sério, imagina só viver com a sogra, o cunhado, a mulher do cunhado, e os filhos em uma casa de dois quartos! Não preciso nem dizer que ao recusar o plano brilhante do marido, o casamento naufragou de vez e até hoje ele insiste em afirmar que ela é uma ingrata, imatura, entre outros adjetivos pouco recomendáveis.Segundo o terapeuta da minha amiga, todo o movimento do sujeito está relacionado com as questões edipianas mal resolvidas por ele. A proposta não é racional, é um ajuste de contas com o passado, que não ajuda a superar os problemas, apenas os torna ainda mais complexos. Ela bem que tentou arrastar o marido para a terapia, mas obviamente ele se recusou, afirmando que ela é que tinha problemas enquanto ele estava ótimo... Pensei nisso tudo diante do caso da brasileira que disse ter sido atacada na Suíça. É quase impossível saber o que se passa na cabeça de cada um, muitas vezes, alguém que aparenta total normalidade pode estar a um passo de surtar completamente. Uma vez eu li num livro a seguinte advertência: "um em cada quatro americanos apresenta algum distúrbio psicológico. Pense nos seus três amigos íntimos, se eles parecem normais, o louco pode ser você". Ainda bem que meus amigos são bem mais pirados do que eu...

2

Na Tela


A visita-relâmpago-trabalho-divulgação da Cruise Family me fez pensar na beleza real e imaginária dos atores e atrizes no cinema (ou mesmo na televisão). Apesar do delírio da tietagem, nem sempre eles estão bem na fita, literalmente. Não dá para comparar Angelina Jolie no filme Pecado Original (apesar de estar peladona), com a Angelina de Sr. e Sra Smith. Em alguns filmes acontece o contrário, aquele ator apagadinho, sem graça, acaba virando um Deus grego maravilhoso. Isso mostra que mesmo com muito trato, até os grandes ícones do cinema tem os seus dias de João Ninguém. Acabei listando algumas situações onde nossas celebridades arrasaram na tela:


Angelina Jolie em Sr. e Sra Smith;
Antonio Banderas em Zorro;
Brad Pitt em Thelma e Louise;
Sean Connery em Armadilha;
Anne Hathaway em O Diabo Veste Prada;
Cameron Diaz em O Máscara;
Penélope Cruz em Volver;
Nicole Kidman em Moulin Rouge.
0

Sinal dos Tempos


Faz parte do senso comum dizer que o mundo mudou, que vivemos na era do caos e da incerteza, entre outros clichês que servem como uma luva para quem quer viver acomodado na mesmice. Particularmente, acho que nada deve se comparar ao período da guerra fria, naquele momento a ameaça de uma guerra nuclear e do fim do mundo era bem real. Hoje, além de Obama como presidente, a Finlândia anunciou neste domingo que escolheu uma homossexual assumida para o cargo de primeiro-ministro.Com isso, o país passa a ser o primeiro na história a ser governado por uma pessoa assumidamente com tal orientação sexual.A ex-ministra de Assuntos Sociais Johanna Sigurdardottir (elegantérrima na foto), de 66 anos, será premiê até que novas eleições sejam realizadas no país, em maio.Segundo analistas, a indicação de Sigurdardottir representa um feito histórico no movimento pelos direitos dos homossexuais. Vivemos um período não mais das incertezas, mas sim das possibilidades onde o respeito a diversidade deixou de ser um pressuposto teórico e tornou-se uma prática.

0

Homens ricos são bons de cama?!?!?!

Li esta reportagem na Folha de São Paulo:

"Homens mais ricos proporcionam mais prazer às mulheres durante relações sexuais, segundo afirma uma pesquisa recém-publicada de dois cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido. Segundo o estudo, quanto mais rico é o parceiro, mais frequentemente sua parceira chega ao orgasmo. Os autores da pesquisa dizem que esse resultado é condicionado por uma "adaptação evolucionária" que faz com que as mulheres instintivamente selecionem seus parceiros de acordo com a sua percepção de qualidade.Entre os fatores identificados pelos pesquisadores como influências na frequência dos orgasmos relatada pelas mulheres, a riqueza do parceiro foi o mais determinante, segundo os pesquisadores".


Sorry, mas a realidade não é exatamente assim não... Vejo exatamente o contrário: homens ricos tem gastrite, invariavelmente mau hálito (porque não tem tempo de comer e por causa da gastrite), tem pouco cabelo, vivem cansados e estressados e quase sempre apresentam problemas para, digamos, "levantar" o instrumento de prazer. Se o ricaço for um herdeiro com uma vida leve, dolce far niente, pode até ser, mas é provável que o fato de ser mimado, egocêntrico e com senso de superioridade (eu não coloco minha boquinha aí, hein?), atrapalhe bastante a performance sexual. Fora o fato de que se a mulher sente prazer só pelo fato do cara ser rico, mesmo sendo um gnomo incompetente ou truculento, qual é a vantagem atribuída ao cara? Quero dizer, ele não fez nada de sensacional, só é rico! Agora, feio mesmo foi a história da tal "adaptação evolucionária". Quer dizer que riqueza é sinônimo de ser bonito, bom caráter ou carregar bons genes? Desde quando? Rico não fica doente, não tem câncer nem enfarto? Desde quando? Minha sugestão aos pesquisadores: comecem de novo fofos, porque essa "faiô" feio!

0

Ai, gente, eu tô ótima!!!!!

Dizem que a idade nos traz sabedoria, equilíbrio, compreensão etc. Deveria trazer mesmo, já que a experiência e o convívio com um universo maior de pessoas e situações serve como uma escola, um processo de formação sem diploma. O fim de um relacionamento, mesmo quando desejado por ambas as partes, sempre traz dor, sofrimento, culpa, e refletir sobre o que deu errado é um bom exercício para melhorar os relacionamentos futuros. Quando se trata de uma pessoa que tem uma carreira, acesso à informação e um grande grupo de amigos, esta sabedoria deveria ser multiplicada, certo? Pelas coisas que tenho lido no jornal sobre a "grande" estrela da globo, Suzana Vieira, este consenso não se aplica. Eu só estou comentando aqui no blog porque a entrevista foi publicada em colunas respeitadas que tratam de política e economia, e não apenas nas colunas de fofoca. Foi a entrevista mais sem noção que eu já li nos últimos tempos. Alterna estados de euforia, tristeza, raiva, saudade, entre outros sentimentos pouco recomendáveis, completados por um "estou ótima". São tantos absurdos que é difícil até escolher o que comentar...Começou mal pelo título, ingênua sim, burra, não. Well... como uma pessoa de sessenta anos pode se achar ingênua, é um mistério que não dá para solucionar. Depois, afirma que os psiquiatras e psicólogos que disseram que o problema do relacionamento dela estava na diferença de idade são todos uns idiotas e incompetentes. Mais adiante diz que precisou de quatro sessões de terapia para superar o trauma da separação (?!?). Desfia uma série de acusações pesadas contra o ex-marido defunto, buscando provar o quanto ele foi mau caráter e ela uma santa e termina chamando a amante de perversa, porque disse coisas horríveis no telefone (coisas que na verdade, revelaram quem era o ex-marido). Daí, não consegui entender. Ela queria continuar acreditando nas mentiras do ex-marido? A amante foi malvada porque revelou a hipocrisia e a safadeza que faziam com ela? Ela diz que nem Glória Peres inventaria um enredo desses, mas deve ter esquecido da novela Vale Tudo, porque Maria de Fátima e seu comparsa fizeram exatamente a mesma coisa (incluindo as compras superfaturadas), mas vai ver que ela não assiste novela. O que mais me espanta, é que uma situação tão previsível, tão clichê (homem mais velho se aproveita da mulher como teúdo e manteúdo) e a criatura ainda quer transformar isso tudo em algo especial, do tipo só eu sei o que passei... Mas mais ridículo do que esta situação, são as coroas de rabo preso mandando seus recados: monstro, safado, morra! Vítima? Pouco provável, pelo tom da entrevista só faltou ela dizer que pagou pelas transas com o sustento dele e os 47 pares de tênis. Dizem que só existe corrupto porque existe também a figura do corruptor. E neste caso? Só existe o aproveitador porque alguém completamente sem bom senso quer acreditar que um jovem trinta anos mais jovem pode se apaixonar perdidamente... Obviamente isso não é impossível, mas não nas bases que foram estabelecidas ali. Definitivamente eram bases que contrariam qualquer possibilidade de ser uma mulher "ingênua" enganada por um psicopata malvado.

0

Bundisfora...

Eu tenho minha coleção de micos acumulados ao longo da vida. Alguns são motivo de risada, outros ainda são dolorosos até hoje. Já passei por quase tudo, como ficar menstruada em uma excursão quando eu tinha 14 anos e todo mundo perceber (inclusive um pretenso namorado) menos eu, desmaiar na escola de saia e ficar com as calcinhas de fora enquanto era carregada para a enfermaria, desmaiar dentro de um ônibus lotado, perder os botões da blusa e ser avisada por outra pessoa, enfim, uma rica coleção de situações absolutamente embaraçosas onde vexame é uma palavra modesta para definir estes momentos. Por isso, quando eu vi esta foto do esquiador que usava um teleférico em uma estação de inverno em Eagle, no Colorado (EUA), só consegui pensar que alguém conseguiu o inimaginável! O cara ficou em situação delicadíssima ao ficar pendurado sem a calça, após um problema no sistema de trava do veículo da Skyline Express.Ele ficou com a bundisfora por 15 minutos, e o bilau também enquanto era socorrido por um monte de gente. Fala sério, todo o meu histórico virou fichinha perto deste King Kong...

0

Férias???

Durante o ano inteiro eu esperei por algumas semanas de paz, descanso e dolce far niente... O único problema é que todos os problemas domésticos parecem aparecer exatamente nestes momentos e o lar doce lar mais parece uma praça de guerra, if you know what I meaning... Recebi a indicação deste vídeo e tirando os quilos a mais e a cara de matrona, estou igualzinha a mom do vídeo, descontrolada tentando organizar o caos familiar...



Back to Top