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Guarda Compartilhada para os Homens de Neandertal?

A aprovação da guarda compartilhada é fruto de um movimento legítimo de pais que desejam ficar mais tempo com seus filhos pequenos, mas sempre esbarraram nas dificuldades da guarda designada para a figura materna. Não tenho a menor dúvida de que os filhos pequenos precisam muito mais das mães, embora isso não signifique que os pais não saibam cuidar de seus filhos. Conheço dois ou três casais em que os pais são maravilhosos e as mães completamente descompensadas. O contrário também acontece, e penso que embora a questão de gênero seja importante, não podemos menosprezar outras características dos indivíduos, como caráter, disponibilidade, responsabilidade, etc. A produção independente levantou uma falsa premissa de que os pais são figuras dispensáveis, mas já percebemos que a figura masculina é importante, sim. Pode ser o avô, o padrasto, o tio, não importa, ela é importante na construção da psique do indivíduo. Lendo o jornal hoje, fiquei estarrecida com o posicionamento da maioria dos pais diante da nova lei. O jornal "O Globo" criou um espaço para os pais tirarem suas dúvidas sobre as mudanças possíveis com a nova lei. Tive o trabalho de contar: das vinte e duas questões postadas para a advogada Tânia Pereira, dezenove resumiam-se a seguinte pergunta: posso diminuir ou não pagar a pensão? Ou seja, os homens de Neandertal, que ainda não chegaram sequer ao Paleolítico Superior, querem apenas saber se poderão se livrar do pagamento da pensão ao solicitar a guarda compartilhada. A pobre da advogada repete como um mantra, que o objetivo da lei é possibilitar aos pais conviverem mais com os filhos, blá,blá, wiskas sachê, mas os brutos não querem nem saber. O foco é na grana, como se sustentassem as ex-mulheres e não os próprios filhos. Só espero que os juízes tratem os espertinhos como eles merecem.

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Entre Funkeiras, Peladas e Despeitadas

Quem já passou os olhos pelas postagens deste blog, sabe perfeitamente que eu acho a-bo-mi-ná-vel a baixaria que assola a mídia atualmente. A exposição de mulheres como objetos eróticos é podre, e pior, todas correm atrás dos seus quinze minutos de fama para garantir, quem sabe, um posto de apresentadora na TV. A questão é que, na minha humilde opinião, todas estão no mesmo nível. As viúvas de pilotos, mães de filhos de roqueiros internacionais, noivas de jogadores de futebol, enfim, toda a manada de marias chuteiras... Por esta razão, fiquei surpresa e indignada com a saraivada de críticas feitas à moça do créu, Andressa Soares, vulgo (sem trocadilho), mulher melancia. A Playboy convidou a moça para posar nua no mês de março, avaliou mal o poder do popozão e fez uma edição especial somente no eixo Rio-São Paulo. Resultado: revistas esgotadas nas bancas e uma enxurrada de reclamações dos marmanjos/as desamparados/as. Aprumando sua visão comercial repleta de metas e resultados, a revista a convidou novamente para um ensaio nacional, aumentando significativamente o cachê da moça, que pode ser humilde, suburbana e funkeira, mas despertou o imaginário masculino em raízes mais, digamos, brasileiras... Rapidamente, uma saraivada de críticas despencou sobre a criatura.Na semana passada, a atriz Flávia Alessandra declarou que “infelizmente” o público quer uma mulher melancia na “Playboy”. Já Ike Cruz, empresário de Juliana Paes e Deborah Secco, disse que a revista, que antes privilegiava estrelas da TV, caiu de nível. A funkeira tem a resposta na ponta da língua: preconceito!E está coberta de razão. Porque a bunda da Flávia Alessandra ou da Juliana Paes é "de melhor nível" do que a da funkeira? Desde quando mostrar a bunda e outras partes íntimas em revista masculina é prerrogativa da elite global? Por favor, bunda é bunda, e dizer que colocar a funkeira na capa é cair o nível e as outras não, é um atentado ao poder de raciocínio individual... Poupem meus ouvidinhos de tanta asneira!Afinal, quem ainda acredita em nu artístico ou fotos de bom gosto? E se for este o caso, as fotos foram feitas pelo J.R.Duran, o master blaster das peladonas.Resta reproduzir o funk carioca, "é música de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado"...

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Ordinary People...

O que leva um ser humano normal, adulto, interromper a apresentação de seus colegas para dizer como se sente, triste e ofendido com o comportamento de fulano que não o respeitou, considerou, blá, blá, wiskas sachê? Mesmo diante do queixo caído da platéia, a criatura não percebe a inconveniência... Eu detesto o contexto original da frase, mas não é que cabe muito bem, neste momento, a famosa por que não te calas?

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