No Supermercado

Ontem fui fazer uma das atividades mais sacais de uma vida mundana: ir ao supermercado. Poucas coisas são mais aborridas do que caminhar naqueles corredores intermináveis comprando manteiga, arroz, papel higiênico. Ontem me dei conta de uma coisa impressionante: a concentração de gente feia e mal arrumada no mercado é assustadora. O que leva uma família inteira (incluindo avó, tia, cunhado e, no mínimo, cinco crianças) a ir para o supermercado juntos, como se fosse um programa bacana? É um mistério... Pior de tudo é ainda brigar com o caixa que quer te obrigar a comprar um cupom para ajudar as criancinhas carentes de Timbukutu. Diante da minha negativa por suspeitar deste incrível projeto social, a criatura me olhou como seu eu fosse uma cruela devil! É dose...

Notícias da Academia

Poucas coisas neste mundo podem ser mais entediantes do que congressos, seminários, encontros, etc. Em toda palestra aproveitamos os cinco minutos iniciais e finais, o resto é pura sonolência. É engraçado ver o pessoal que anda em grupinhos, como se ainda estivessem na escola. Rodam prá lá e prá cá mas estão mesmo interessados no que vai rolar no intervalo e depois do evento. Sim, comprinhas básicas, encontro na mesa do bar... Me poupe! As criaturas saem destes eventos sabendo menos do que quando chegaram, mas com a mala repleta de lembrancinhas para a família. O troço é tão chato que em toda apresentação de trabalho tem um espertinho que precisa sair mais cedo porque tem um compromisso inadiável. Aliás, temos que parar com essa história de justificar a saída mais cedo ou a chegada mais tarde de fulano porque ele tem outro compromisso inadiável. Ou a figura está disponível para o evento ou não está. Tem gente que ainda acredita que isso significa ser importante. Na verdade, é uma tremenda falta de educação. Ou será que os demais trocentos participantes do evento não tinham nada melhor para fazer do que estar ali ouvindo aquela xaropada toda?

Coleção Verão 2008

Acabei de ler um editorial de moda onde alguns proeminentes estilistas do mundo fashion listavam o que está e será moda para o próximo verão. Diante das "tendências" apontadas fiquei em dúvida se lista se tratava de uma vingança contra as mulheres em geral ou se era um movimento orquestrado para provocar suicídio coletivo. Vamos lá: calça skinny, saia balonê e muito brilho, mesmo durante o dia! Dá para acreditar? Não é à toa que faz um bom tempo que eu não compro uma roupa nova...

Almost Famous

Pois é, já que todo mundo está falando sobre a polêmica do Luciano Caldeirão, eu também quero dar minha opinião. Tem "circulado no território livre da internet" (eita expressão cafona) que o pobre mauricinho rico não merecia ser assaltado, que as pessoas estão confundindo as coisas e que dizer bem feito é, no mínimo, falta de educação. O problema é que estes comentários não foram feitos por causa do assalto em si, mas sim por causa da arrogância do Príncipe Mauricinho que se acha acima do bem e do mal. Ficou claro que ele esperava que o bandidão pedisse desculpas ao reconher a popular e (segundo ele) amada figura. Certamente esperava um diálogo do tipo:

_Passa o relógio! grita o bandidão com o 38 apontado para o nosso herói.

_Calma amigo, não machuque ninguém... diz o herói altruísta.

_ Peralá! Você não é o Luciano? É sim, o Luciano! Cara, eu sou seu maior fã! Adoro seu programa! Me dá um otográfo? Pô, aí foi mal... Descurpa mermo meu ermão. Se soubesse que era tu na parada, não tinha rolado não... Quando eu contar prá patroa, ela não vai acreditar!

Como este diálogo não aconteceu e o preibói perdeu o roulex, ele se arvorou do direito de mostrar indignação. A pergunta que não quer calar: ele ficou indignado por causa do relógio ou por ser apenas almost famous?

Lavando a Alma

Ontem aconteceu um evento no trabalho, chatérrimo mas importante. As traíras estavam lá, presentes e crentes que iriam abafar. Rá, anos de estrada realmente podem fazer uma diferença enoooorrmmeee! Conduzi o baile com mão firme e competência. A chefia me cobriu de elogios... Não ligo nem um pouco para estas coisas, mas tem momentos que precisamos de provas da justiça divina. O que adianta tentar puxar o tapete do colega, contar mentiras e criar situações para encobrir a própria incompetência? Minha gente, todo mundo precisa trabalhar, vamos ter mais ética e solidariedade com os outros. Quem é que sabe o dia de amanhã? O melhor a fazer é cuidar do seu próprio serviço e lidar com outros com profissionalismo. Bendita hora que resolvi que não entraria nesta energia negativa, mesmo que isso custasse meu emprego! Como diria meu amiguinho Justin (me perdoem a blasfêmia) what goes around ...back around!

Famosos Patéticos

Tem coisas que eu não consigo entender, não entra na minha cabeça de jeito nenhum. Esta semana a boboca da Britney passou com o carro por cima do pé de um fotográfo. Acabou tendo uma crise nervosa (as usual) e saiu dirigindo a mil por hora. A endinheirada Paris Hilton entrou em cana por dirigir bebum, assim como outros famosos. Vem cá, este pessoal montado na grana, cheio da bufunfa, não tem dinheiro para pagar um motorista, não? Cadê a distribuição de renda minha gente? Será que eles ficaram traumatizados com o motorista da Diana e resolveram que era mais seguro pilotar suas máquinas pessoalmente? Eu adoro dirigir, mas gosto muito mais quando alguém dirige para mim. Imagine só, ir ao centro do Rio de carro. É bem melhor ir com alguém dirigindo para aguentar o engarrafamento. Sei não, estes ricos e famosos estão cada vez mais decadance avec elegance...

Fim de Caso (com o Feriadão...)

Estou nas horas finais do feriadão. Amanhã começa o batente, viagem, trabalho, chateações... Mas não posso reclamar não, descansei bastante nestes dias. É impressionante como tudo funciona na nossa cabeça, pensamos sempre que os fatores externos gerenciam nossa vida com as mil preocupações do cotidiano. Decidi que iria descansar, sem checar e-mail ou atender o telefone. Que o mundo desmoronasse em pedacinhos de barro, eu não queria estar nem aí. Pois não é que deu certo? Telefone mudo, paisagem maravilhosa, comida altamente engordativa... Sei não, preciso ler mais sobre os poderes da mente...

Sem Noção...

Tenho minhas implicâncias com algumas pessoas, muitas vezes sem estar fundamentada em nenhum fato concreto. É algo intuitivo, percebido nos primeiros quarenta segundos de convívio. Algumas vezes estou errada (pouquíssimas vezes, diga-se de passagem). De qualquer forma, torço sempre para que algum fato comprove que estou apenas sendo implicante, porque senão não poderia conviver com 1/3 da humanidade... Pois tenho uma colega de trabalho, blonder girl, já beirando os tantos entas. Fizemos uma mudança recentemente, nossas mesas foram substituídas por outras que chegavam em conta gotas. Arrumei minhas coisas, coloquei meus papéis na gaveta e viajei para um congresso. Pois não é que quando voltei a loura non sense tinha tomado minha mesa e jogado meus papéis num canto do armário??? Desci o morro de trouxa e tudo na cabeça, mas ela não estava lá para assistir o meu chilique. Agora, não consigo olhar na cara da fulana, mudei de sala e contei para Deus e todo o mundo a atitude escrota da criatura. Até a minha filha de dois anos sabe que não se mexe nas coisas dos outros sem permissão. E se eu tivesse escrito uma carta suicida ou se houvesse um bilhete do meu amante com um diamante de 100 quilates (tá, tô exagerando, mas...). Como pode existir no mundo gente tão sem noção?!?!

Na Senzala

Povo unido, esta semana foi de doer, trabalhei como uma corna e resolvi (para "mim" mesma) que ia aproveitar o fim de semana para descansar. Pois é, hoje tinha um evento que precisava da TV e do DVD. No meu setor só tinha a TV, fui atrás do artefato tecnológico, preenchi memorandos, falei com as autoridades competentes e consegui o malfadado aparelho. Hoje me tiram dos braços de Morfeu para ouvir que nada deu certo porque não tinha o aparelho. Vejam o diálogo:

-Como? disse eu espantada. Eu deixei o DVD aí prontinho para ser usado.

-É, mas tiraram a televisão daqui...

What??!? Pode ser que eu não esteja acompanhando as inovações tecnológicas como deveria, mas tenho certeza que o DVD precisa da televisão para funcionar. Ou não? Ou seja, tem merda mas não tem balde, tem balde mas não tem merda e quando tem merda e balde, não tem quem carregue...