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O Carro Mais Barato do Mundo

A Índia anunciou esta semana a produção do carro mais barato do mundo (US$2.500).O modelo não possui rádio, direção hidráulica, vidros elétricos ou ar-condicionado e tem um limpador de pára-brisas em lugar de dois. Com quatro portas, ele tem menos de três metros de comprimento e 1,5 metro de largura.A Tata optou por mancais de roda que sejam fortes o suficiente para levar o carro a andar a até 70 km/h, mas que, a velocidades superiores, vão se desgastar rapidamente, reduzindo o tempo de vida do automóvel, mas não pondo em risco a segurança dos consumidores, segundo a empresa. A velocidade máxima deve ser 120 km/h e o carro faz 20 km com um litro de combustível. A questão é que segundo as montadoras brasileiras não será possível ter um carro desses por aqui."Para ter um carro de US$ 3.000 aqui, teríamos de produzi-lo a US$ 1.500, porque metade do preço é imposto", diz Cledorvino Bellini, presidente da Fiat Brasil. "Eu vi os amortecedores desses carros, por exemplo, e eles não agüentariam as condições das ruas esburacadas no Brasil." Ele só esqueceu de dizer que a suspensão dos carros de R$40.000 produzidos pela empresa dele também não aguentam as ruas esburacadas... "O padrão de consumo brasileiro também está aproximando-se dos países desenvolvidos", diz Jérôme Stoll, presidente da Renault do Brasil. "Cada vez mais, as pessoas pedem carros mais seguros, que emitam menos poluentes e tenham mais qualidade", afirma.Que pessoas cara-pálida? Os consumidores das Hillux?Para Ray Young, presidente da General Motors, mesmo se o carro de US$ 3.000 for apenas uma forma de transporte com quatro rodas --e não um carro completo--, ainda assim será difícil alcançar esse preço no Brasil. Ah, quer dizer que pode até ser que tenha mercado, mas não será nesse precinho camarada porque os metralhas, quer dizer, as montadoras, não terão como produzir a este preço? O fato é que o crescimento de motos de poucas cilindradas tem crescido vertiginosamente no país exatamente por ser um meio de transporte barato e econômico, embora não seja muito seguro. A oferta destes carrinhos no país poderia beneficiar a classe média baixa que o usaria como transporte e trabalho. Os jovens recém-saídos da adolescência poderiam ter este carro, mesmo sem os confortos como ar e direção, para dirigirem de forma moderada evitando que se espatifassem nos postes pela madrugada. Nunca entendi os pais que presenteiam seus filhos com um carro possante e cheio de luxos aos dezoito anos. Estes luxos que podem esperar mais alguns anos. O importante é ter liberdade de locomoção,com pouca grana para o combustível, mas se depender dos nossos empresários de visão, isso vai demorar a acontecer.

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