Ontem eu vi um filme antigo, chamado Lado a Lado, com a Susan Sarandon, Julia Roberts e Ed Harris. A história que o filme pretende contar é a difícil relação entre a mãe de duas crianças e a nova namorada do ex-marido. O que me chamou a atenção foi que todos os atributos da mãe, pontualidade, organização, disciplina, cuidado com os filhos, em contraponto com a estabanada "stepmother", esconde uma personalidade manipuladora. Ela não gosta que os filhos fiquem com a madrasta, mas sempre está criando situações para que a outra seja obrigada a largar o trabalho para pegar os meninos na escola, ou passar o sábado com eles, enfim, cria situações para provar para o ex-marido e para os próprios filhos que a nova esposa seria uma péssima mãe. Até mesmo quando ela descobre que está com uma doença terminal, a relação com a outra não é de transformação ou de reflexão sobre os seus atos, é uma mudança provocada apenas pela questão utilitarista. O engraçado é que o filme tenta sempre colocar a ex na posição de vítima, mais velha, solitária, dona de casa, abandonada pelo marido... É quase como se os seus atributos como mãe atuassem como elementos compensatórios da juventude, carreira e "modernidade" da outra. Não sei porque razão, mas o filme me lembrou do desenrolar do BBB9. Não sei quanto a vocês, mas eu não acredito nem um pouco na diferença dos poucos por cento. Acredito que o moralismo cretino prevaleceu novamente, e não iam deixar uma mulher com tanta atitude abocanhar o milhão.Preferiam a ambiguidade do tal de Max, que entre não feder e nem cheirar, está mais dentro do esquema da Rede Globo. Até mesmo quando formou um casal com o Flávio!
Há 4 horas
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