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Abalos Sísmicos e "Professoris Ridiculus"

O tremor que sacudiu a região sudeste provocou um efeito colateral inesperado conhecido como "Professoris Ridiculus". Bastou a terra sacudir para que os especialistas, doutores e acadêmicos de plantão, aparecerem sob as luzes dos holofotes com frases de efeito que mais assustam do que ajudam. Comentários do tipo "o importante é ter calma", ou "as pessoas se enganam quando pensam que no Brasil não existe terremoto" ou "poderia ser ainda pior", geram mais confusão e apreensão. Bom, nós aqui do bilistáquias cursamos algumas disciplinas como Geologia I e II, Geomorfologia, etc. em uma respeitável universidade pública. Sim, já faz um tempinho, mas até onde eu sei (ou sabia) a geomorfologia do planeta Terra não mudou tão rapidamente assim. Entre as "pessoas" que não sabiam que o Brasil era um celeiro de terremotos, eu me incluo, mesmo tendo sido aprovada nas disciplinas da área. Até onde eu sei (ou sabia) o território brasileiro está localizado entre duas importantes falhas tectônicas, em terreno predominantemente sedimentar, o que explica a ausência de grandes tremores. Obviamente, estamos sujeitos aos ecos e reverberações de abalos sísmicos em outras localidades, mas daí a deixar no ar que estamos entrando na era dos terremotos destruidores, é outra história... Até em Tsunamis andaram falando!Sim, é provável que o Professor Pardaleco Ridiculus nunca tenha tido mais do que meia dúzia de alunos em sala para explanar suas teorias de fim de mundo. É provável que tenha sido a chance da vida dele para comentar a tese de doutorado empoeirada. É claro que ele não podia perder a oportunidade de dar uma entrevista na televisão (se for confirmado o histórico de terremotos no Brasil, a próxima oportunidade só acontecerá daqui a 20 anos!). Mas será que não dá para ele assustar a mãe dele e deixar a gente em paz?


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Um renomado cientista acaba de pleitear um milhão de reais em investimentos para a implantação de estações de monitoramento sísmico no país. Oiê, quanto? É isso mesmo um milhão e outros tantos mil para o projeto. Nós aqui apoiamos todas as iniciativas científicas da CAPES, CNPq, Fundação Ford, e outras mais. Acreditamos que a pesquisa geomorfológica possa ter uma grande relevância para a humanidade em geral. Mas... isso não é um pouco oportunista demais? Como diria uma amiga que vive chapada: sou só eu, ou vocês também estão vendo isso?


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Só para lembrar: a figura que ilustra este post é de um terremoto de verdade ocorrido na Índia. Vamos manter as devidas proporções antes que alguma construtora venda a idéia de construir prédios com a mesma estrutura flexível dos japoneses!

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O Golpe de Maomé

Por incrível que pareça, esta semana foi notícia no jornal "O Globo" que Irene Gonzaga, mãe da atriz Francieli Freduzeski (sabe-se lá quem é esta criatura), é a mais nova vítima do golpe conhecido como "bilhete premiado". Segundo alguns estudiosos do assunto, este golpe foi criado na época em que Maomé (esse mesmo, dos dez mandamentos) tinha quinze anos de idade. O jornal afirma que "Ela estava na casa da filha, no Jardim Oceânico, quando um homem passou na rua, oferecendo o atalho para a fortuna. Irene, coitada, deu um cofre com jóias e dinheiro, que valem perto de R$ 250 mil". Agora me diz, coitada por que? Ela deu as jóias e o dinheiro porque queria passar a perna no sujeito que fingia ser analfabeto. Mas, se não fosse um golpe, ela teria ficado com o bilhete premiado de 2 milhões e o analfabeto com 250 mil! Afe, esta criatura pode ser caracterizada como vítima em que compêndio sobre ética e solidariedade humana?

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A Pequena Valentina

A bebezinha fofa da foto aí ao lado é filha de um casal diferente da maioria das pessoas.A mãe, Maria Gabriela Andrade Damate, de 27 anos, é portadora da síndrome de Down e o pai é Fábio Marcheti de Moraes, de 28 anos, em razão de complicações no parto, tem um atraso mental. A menina nasceu saudável e ganhou destaque na imprensa de todo país. Segundo o médico geneticista Walter Pinto Júnior, professor titular de genética da Unicamp, são menos de 50 relatados do mundo. Entretanto, não por conta da deficiência, mas porque relacionamentos como o de Gabriela e Fábio não são comuns. Pois este pequeno milagre se depara com a muralha da idiotice humana.O Cartório de Registro Civil da cidade de Socorro, recusou-se a registrar a criança no nome do pai, alegando que Fábio não consegue declarar a paternidade. O detalhe é que a família do casal compareceu em peso ao cartório, com máquinas fotográficas para registrar o momento, todos felizes com o nascimento da pequena Valentina. Saíram decepcionados, sem compreender a ignorância dos funcionários do cartório sobre a palavra inclusão.Segundo a avó, o único risco que a bebezinha corre é de ser muito mimada. Na minha opinião, o grande milagre do nascimento de Valentina não é o fato de ser um acontecimento genético raro ou por ser saudável. É o milagre de mostrar que o amor é possível mesmo em condições mais adversas...

O Imbecil Ataca Novamente

Me deparei hoje na livraria com uma pérola chamada "As Viagens do Caldeirão" (ou coisa semelhante), um pretenso relato das viagens realizadas pelo programa do Luciano Huck. As fotos são bonitas, a encadernação é bem feita, mas a proposta e o texto são de doer. O cara se acha, deve acreditar ser um explorador da National Geographic. O pior, é que ele faz isso em várias outras propostas, copiando projetos interessantes e transformando-os em uma coisa sem pé nem cabeça, recheada de superficialidade e senso comum. Basta dizer que uma das frases de impacto do livro é "depois da tempestade vem a bonança".Como se já não bastasse esse festival de baboseiras, a criatura diz na entrevista para a Playboy que "libera" a mulher (Angélica), para posar nua desde que a revista pague muito bem. Ou seja, foi dar a entrevista e deixou no ar que está aberto a negociações como empresário da mulher. Bom... se eu fosse a Angélica aproveitaria para "liberar" o maridão para posar nu para a G Magazine, incluindo um preço para o rabisteco do moço. Resta saber se a revista ia querer o feioso na capa... Como diria minha irmã, é um maquiba mesmo... Má qui babaca!

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